Finalmente chegou a hora de Daniel Santos estrear no Octógono. Conhecido pelo apelido Willycat, o peso-galo terá pela frente Julio Arce no card preliminar do UFC 273, no próximo sábado (9). Nós entrevistamos o brasileiro e montamos um perfil para que o fã de MMA conheça as expectativas e curiosidades do mineiro antes de sua primeira luta na organização. Confira:
Confira o card completo do UFC 273
Qual seu nome completo, idade, categoria de peso e academia onde treina?
Meu nome é Daniel Santos, conhecido como Willycat. Tenho 27 anos, sou do peso-galo e treino na Chute Boxe Diego Lima.
Como surgiu seu interesse pelo MMA?
“Foi em 2011 e eu tinha 16 anos. Eu estava assistindo um jogo de futebol na televisão e passou uma da luta do Anderson com o Stephan Bonnar. Quando eu vi a luta no intervalo do jogo eu fiquei fascinado, sabe? Eu sempre fui fascinado por filmes de luta, então quando eu vi o Anderson lutar, nocautear e subir na grade, com a galera ovacionando ele, eu pensei que precisava sentir isso também. Queria sentir aquela emoção. Então na segunda-feira seguinte eu fui atrás de uma academia e estou aí no MMA desde então”.
E por qual motivo seu apelido é Willycat?
“Eu nunca tinha feito jiu-jítsu ou algo do tipo no meu primeiro treino de MMA. Não sabia nem o que era um sprawl. E foi meio que instintivo que em uma dessa eu pulei para cima. Depois eu comecei a aprender defesa de quedas, era muito difícil de me derrubar. Eu meio que caía levantando. Meu treinador na época dizia que eu parecia um gato por não cair de costas quase nunca e levantar rápido. E ele falou que eu parecia o Willycat dos Thundercats e pegou. Eu gosto do apelido, já me acostumei. Nos primeiros dias eu estranhei um pouco, mas depois ficou normal”.
Quais são seus ídolos no MMA?
“O Anderson é uma lenda, mas no começo eu me espelhei muito no Thomas Almeida, no Charles do Bronx e no José Aldo. São lutadores com muita disciplina. Quando você tem um contato maior no esporte, você acaba virando fã de quem fez história no passado também”.
Você treina com o Charles, que é um campeão. Como é essa sensação?
“É uma sensação única. Um privilégio treinar com o campeão, poder aprender e dividir o tatame com ele. Tirar dúvidas, ele passar o conhecimento de jiu-jítsu para a gente, corrigir posição. E eu poder ajudá-lo também. Eu poder me alimentar da parte técnica de um campeão me dá muito mais motivação e eu ter a certeza de que eu também posso chegar lá”.
E você vai lutar loiro igual ao Charles?
“Vou sim. Platinado. Super Sayajin”.
E sobre seu estilo de luta? O que os fãs irão ver?
“Sou um cara mais da trocação. Gosto mais dela, da luta em pé. Comecei no muay thai e sou apaixonado por isso. Quero sair na mão”.
Como foi a sensação de quando você fez sua primeira luta profissional?
“Eu estava treinando MMA fazia uns três ou quatro meses e meu treinador falou que ia fazer um evento e eu ia fazer a primeira luta da noite. Fiquei bem nervoso, pois só tinha feito lutas amadoras de muay thai, mas fiquei feliz por poder realizar o sonho de lutar MMA. Não tem como não ficar nervoso, mas foi bem legal”.
E como foi quando você soube que seria um atleta do UFC?
“Eu me emocionei muito. Chorei, pois é um sonho. Muitos anos me dedicando em busca desse sonho, sabe? Desde que eu assisti e comecei a treinar, era meu sonho ser um lutador do UFC. Quando chegou a notícia, eu fiquei muito feliz. Saber que é uma realização, de olhar para trás e saber que todo o meu esforço, tudo o que eu passei valeu a pena. Foi gratificante”.
E em relação ao sentimento da sua estreia?
“Eu estou bem tranquilo. Eu treinei muito, então quando você sabe que fez sua parte, que você se dedicou, a gente fica tranquilo. E faz 10 anos que eu espero por esse momento, então venho trabalhando minha cabeça para isso. Um trabalho de mentalização, visualização. Me vejo entrando, indo até o Octógono. No dia da pesagem, de ver o vestiário nos bastidores. Vai bater um pequeno nervosismo, mas estou feliz e tranquilo”.
Sobre o seu adversário na estreia, o Julio Arce, o que você acha dele e como irá vencê-lo?
“Ele é um cara bom e duro. Rodado, lutava no peso-pena e fez bastante lutas no UFC. Teve altos e baixos na categoria, mas com grandes lutas. Tem um boxe bom e mantém a distância. Mas acredito que meu jogo agressivo, de ir para cima dele, aquele estilo Chute Boxe vai me favorecer. Eu acredito em um nocaute, mas se for uma luta por pontos eu vejo sendo uma guerra comigo tendo o braço levantado no final”.
Você estará em um card onde o cinturão da sua categoria estará em jogo. Como você analisa o peso-galo?
“É uma das categoria do UFC hoje. Temos muitos lutadores bons. Os dois campeões são duríssimos e é uma categoria bem acirrada no top 10, com muito talento. Estou muito feliz de poder lutar nesse card, vê-los de perto e já mirar eles. Meu foco é ser campeão e eu treino na melhor academia, com os melhores parceiros de treino. Em pouco tempo eu vou bater na porta deles. Quando eles me verem lutando, já vão saber que eu sou um problema e vão se preocupar. Vão se perguntar de onde eu saí. Pode ter certeza de que vou incomodá-los”.
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